Na maioria das gestações, a placenta localiza-se na parte superior do útero; dizemos que a gestante tem placenta prévia quando esta se localiza na porção baixa do útero, obstruindo total ou parcialmente o colo uterino.
Ela é classificada de acordo com a proximidade com o colo uterino: placenta prévia centro-total (recobre o orifício interno do colo uterino), centro-parcial (recobre parcialmente o orifício interno do colo), marginal (margeia o orifício interno) ou lateral (dista até 7cm do orifício interno do colo uterino).
Durante a gravidez a paciente com placenta prévia pode apresentar sangramento vaginal a partir da segunda metade da gestação, em geral vermelho-vivo, de pequeno volume e sem dor; no entanto existem casos de sangramentos em maior quantidade antes ou durante o parto.
Os principais fatores de risco incluem cicatrizes uterinas prévias (parto cesárea, cirurgia de retirada de miomas), múltiplas gestações anteriores, gravidez de gêmeos, idade materna acima de 35 anos e tabagismo.
A via de parto dependerá das condições maternas e do tipo de placenta prévia, sendo que as centro-totais são indicações absolutas de cesariana.
Uma das mais temidas complicações da placenta prévia é o acretismo placentário, caracterizada pela invasão excessiva do tecido placentário na parede uterina, muitas vezes de difícil diagnóstico durante o pré natal, resultando em hemorragia significativa quando o obstetra tenta efetuar a extração da placenta, por vezes necessitando de histerectomia (retirada do útero) para conter a hemorragia e salvar a vida da mãe!
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Dra. Andressa Lacerda